Pulando Etapas

Há muita gente preguiçosa nesse mundo. Todos querendo a fórmula milagrosa, a solução definitiva, a poção mágica.

É a mulher ciumenta que quer um encantamento para "prender o marido" ao invés de discutir com ele o que está incomodando. É a outra que quer algo para "afastar a vizinha fofoqueira". Outra quer um feitiço para uma pessoa especial gostar dela. Isso é tão comum...

Mas não devemos buscar essas coisas e sabe por quê? Porque em muitos desses casos o problema se resolveria com uma simples conversa. Querer o caminho mais fácil é a rotina para muitas pessoas, mas o importante do caminho não é só aonde nos leva, mas também o que colhemos ao caminhar por ele.

Adelaide desconfia do marido. Há motivos? E se algo estiver acontecendo, não é hora de parar e conversar? Se não der mais certo, que pena, mas acabou uma história. Mudanças acontecem, ou muitas vezes nãoé nem isso. Muitas vezes é por causa de uma suspeita boba da correria cotidiana. Vale a pena querer magia pra tratar disso?

Inês se incomoda com Irene, por causa de fofocas. Conversa! Pode ter sido mal entendido!

Carmen gosta de Gaspar, mas ele nunca lhe notou. Como tentar um feitiço sem ter certeza dos sentimentos? Carmen não o conhece ainda, não tão próxima. E certamente não tentou todas as formas de aproximação que poderia.

A magia é algo importante e exige bom senso. Tem que ser encarada com seriedade e não para "atalhos preguiçosos". Isso não quer dizer que não se pode fazer magia para uma causa pessoal. Só quer dizer que temos que ser muito sábios pra perceber quando o que parece uma boa coisa pra nós não é na verdade, e que é melhor na maioria das vezes percorrer o caminho do que tentar um salto...